Pensamentos confusos. Não chegam a lugar algum. Aperto, arrepio e
arrependimento, vocês não são bem vindos. Mas invadem, mexem, machucam.
Nobremente, a razão insiste que não há o que temer. Mas a emoção não quer
saber. Ela surge como um vulcão. Queima, arde e cura. Ela sempre cura. Ela
parte da alma para se derramar na alma. Como o néctar da verdade.
Neste momento, meus olhos fixam em direções distintas. Olho para o
céu, para algumas fotos na gaveta. Olho nos meus olhos e não me encontro. Não
me entendo. Não acho o caminho certo. Olho para trás e continuo sem entender.
Meus pés estão em terra firme. Não estou pairando.
A brisa suave e a ventania são capazes de mover a terra de um lado
a outro. Eles sim são reais. A terra é passageira. Hoje estamos sobre o Brasil,
amanhã? Quem sabe? O universo não tem limites. Deus é infinito. Por que devemos
nos limitar a ter os pés no chão?
Quero a sabedoria de voar alto. Ah... Fernão Capelo Gaivota.
Professor e mestre. Tuas ideias me iluminaram. É preciso saber voar. Aí sim.
Ponderar, ir adiante. Passado. Presente. Futuro. Um se liga ao outro por uma
linha tênue, imaginária e real, como as linhas que desenham o horizonte. Ele
está ali, mas é de uma amplitude tamanha que beira o infinito dos mundos.
O jeito é respirar bem fundo. Deixar que as ideias voltem ao
prumo. Dar um chega pra lá nesta confusão. Pensamentos são rápidos demais.
Assumem uma velocidade colossal. Precisamos ter fé e foco. Voar com objetivo é
muito mais prazeroso. Só assim a paz se aconchega no peito e a harmonia se faz
presente no passar dos dias.
Cris Lavratti
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